terça-feira, 22 de novembro de 2011

Tudo sobre Matemática do 1º ao 5º ano

Tudo sobre Matemática do 1º ao 5º ano

 

 A revistaescola.abril.com.br  organizou 180 páginas com conteúdo especialmente produzido para você se aprofundar nas práticas pedagógicas e fundamentos que atualmente orientam o ensino e a aprendizagem da Matemática. Dividido nos blocos de conteúdos previstos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o material reúne vídeos, textos, jogos e sequências didáticas para os primeiros anos do Ensino Fundamental. 

Boa leitura!

Matemática no ensino fundamental

Matemática no ensino fundamental
 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para a área de Matemática no ensino fundamental
estão pautados por princípios decorrentes de estudos, pesquisas, práticas e debates desenvolvidos
nos últimos anos. São eles:
— A Matemática é componente importante na construção da cidadania, na medida em que a
sociedade se utiliza, cada vez mais, de conhecimentos científicos e recursos tecnológicos, dos
quais os cidadãos devem se apropriar.
— A Matemática precisa estar ao alcance de todos e a democratização do seu ensino deve
ser meta prioritária do trabalho docente.
— A atividade matemática escolar não é “olhar para coisas prontas e definitivas”, mas a
construção e a apropriação de um conhecimento pelo aluno, que se servirá dele para compreender
e transformar sua realidade.
— No ensino da Matemática, destacam-se dois aspectos básicos: um consiste em relacionar
observações do mundo real com representações (esquemas, tabelas, figuras); outro consiste em
relacionar essas representações com princípios e conceitos matemáticos. Nesse processo, a
comunicação tem grande importância e deve ser estimulada, levando-se o aluno a “falar” e a
“escrever” sobre Matemática, a trabalhar com representações gráficas, desenhos, construções, a
aprender como organizar e tratar dados.
— Aaprendizagem em Matemática está ligada à compreensão, isto é, à apreensão do
significado; apreender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe vê-lo em suas
relações com outros objetos e acontecimentos. Assim, o tratamento dos conteúdos em
compartimentos estanques e numa rígida sucessão linear deve dar lugar a uma abordagem em que
as conexões sejam favorecidas e destacadas. O significado da Matemática para o aluno resulta das
conexões que ele estabelece entre ela e as demais disciplinas, entre ela e seu cotidiano e das
conexões que ele estabelece entre os diferentes temas matemáticos.
— A seleção e organização de conteúdos não deve ter como critério único a lógica interna da
Matemática. Deve-se levar em conta sua relevância social e a contribuição para o desenvolvimento intelectual do aluno. Trata-se de um processo permanente de construção.
— O conhecimento matemático deve ser apresentado aos alunos como historicamente
construído e em permanente evolução. O contexto histórico possibilita ver a Matemática em sua
prática filosófica, científica e social e contribui para a compreensão do lugar que ela tem no mundo.
— Recursos didáticos como jogos, livros, vídeos, calculadoras, computadores e outros
materiais têm um papel importante no processo de ensino e aprendizagem. Contudo, eles precisam
estar integrados a situações que levem ao exercício da análise e da reflexão, em última instância,
a base da atividade matemática.
— A avaliação é parte do processo de ensino e aprendizagem. Ela incide sobre uma grande
variedade de aspectos relativos ao desempenho dos alunos, como aquisição de conceitos, domínio
de procedimentos e desenvolvimento de atitudes. Mas também devem ser avaliados aspectos
como seleção e dimensionamento dos conteúdos, práticas pedagógicas, condições em que se
processa o trabalho escolar e as próprias formas de avaliação.

 Conteúdos de Matemática para o primeiro ciclo


No primeiro ciclo as crianças estabelecem relações que as aproximam de alguns conceitos,descobrem procedimentos simples e desenvolvem atitudes perante a Matemática.
Os conhecimentos das crianças não estão classificados em campos (numéricos, geométricos,métricos, etc.), mas sim interligados. Essa forma articulada deve ser preservada no trabalho do professor, pois as crianças terão melhores condições de apreender o significado dos diferentes conteúdos se conseguirem perceber diferentes relações deles entre si.
Desse modo, embora o professor tenha os blocos de conteúdo como referência para seu trabalho, ele deve apresentá-los aos alunos deste ciclo da forma mais integrada possível.
Em função da própria diversidade das experiências vivenciadas pelas crianças também não
é possível definir, de forma única, uma seqüência em que conteúdos matemáticos serão trabalhados
nem mesmo o nível de aprofundamento que lhes será dado.
Por outro lado, o trabalho a ser desenvolvido não pode ser improvisado, pois há objetivos a
serem atingidos. Embora seja possível e aconselhável que em cada sala de aula sejam percorridos
diferentes caminhos, é importante que o professor tenha coordenadas orientadoras do seu trabalho;
os objetivos e os blocos de conteúdos são excelentes guias.
Uma abordagem adequada dos conteúdos supõe uma reflexão do professor diante da questão
do papel dos conteúdos e de como desenvolvê-los para atingir os objetivos propostos.
Com relação ao número, de forma bastante simples, pode-se dizer que é um indicador de
quantidade (aspecto cardinal), que permite evocá-la mentalmente sem que ela esteja fisicamente
presente. É também um indicador de posição (aspecto ordinal), que possibilita guardar o lugar
ocupado por um objeto, pessoa ou acontecimento numa listagem, sem ter que memorizar essa
lista integralmente. Os números também são usados como código, o que não tem necessariamente
ligação direta com o aspecto cardinal, nem com o aspecto ordinal (por exemplo, número de telefone,
de placa de carro, etc.).
No entanto, essas distinções não precisam ser apresentadas formalmente, mas elas serão
identificadas nas várias situações de uso social que os alunos vivenciam e para as quais o professor
vai lhes chamar a atenção.
É a partir dessas situações cotidianas que os alunos constroem hipóteses sobre o significado
dos números e começam a elaborar conhecimentos sobre as escritas numéricas, de forma semelhante ao que fazem em relação à língua escrita.
As escritas numéricas podem ser apresentadas, num primeiro momento, sem que seja
necessário compreendê-las e analisá-las pela explicitação de sua decomposição em ordens e classes (unidades, dezenas e centenas). Ou seja, as características do sistema de numeração são observadas,
principalmente por meio da análise das representações numéricas e dos procedimentos de cálculo,
em situações-problema.
Grande parte dos problemas no interior da Matemática e fora dela são resolvidos pelas
operações fundamentais. Seria natural, portanto, que, levando em conta essa relação, as atividades
para o estudo das operações se iniciasse e se desenvolvesse num contexto de resolução de
problemas.
No entanto, muitas vezes se observa que o trabalho é iniciado pela obtenção de resultados
básicos, seguido imediatamente pelo ensino de técnicas operatórias convencionais e finalizado
pela utilização das técnicas em “problemas-modelo”, muitas vezes ligados a uma única idéia das
várias que podem ser associadas a uma dada operação.
No primeiro ciclo, serão explorados alguns dos significados das operações, colocando-se em
destaque a adição e a subtração, em função das características da situação.
Ao longo desse trabalho, os alunos constroem os fatos básicos das operações (cálculos com
dois termos, ambos menores do que dez), constituindo um repertório que dá suporte ao cálculo
mental e escrito. Da mesma forma, a calculadora será usada como recurso, não para substituir a
construção de procedimentos de cálculo pelo aluno, mas para ajudá-lo a compreendê-los.
Diversas situações enfrentadas pelos alunos não encontram nos conhecimentos aritméticos
elementos suficientes para a sua abordagem. Para compreender, descrever e representar o mundo
em que vive, o aluno precisa, por exemplo, saber localizar-se no espaço, movimentar-se nele,
dimensionar sua ocupação, perceber a forma e o tamanho de objetos e a relação disso com seu uso.
Assim, nas atividades geométricas realizadas no primeiro ciclo, é importante estimular os
alunos a progredir na capacidade de estabelecer pontos de referência em seu entorno, a situar-se
no espaço, deslocar-se nele, dando e recebendo instruções, compreendendo termos como esquerda,
direita, distância, deslocamento, acima, abaixo, ao lado, na frente, atrás, perto, para descrever
a posição, construindo itinerários. Também é importante que observem semelhanças e diferenças
entre formas tridimensionais e bidimensionais, figuras planas e não planas, que construam e
representem objetos de diferentes formas.
A exploração dos conceitos e procedimentos relativos a espaço e forma é que possibilita ao
aluno a construção de relações para a compreensão do espaço a sua volta.
Tanto no trabalho com números e operações como no trabalho com espaço e forma, grandezas
de diversas naturezas estarão envolvidas. Pela comparação dessas grandezas, em situações-problema e com base em suas experiências pessoais, as crianças deste ciclo usam procedimentos de medida e constroem um conceito aproximativo de medida, identificando quais atributos de um objeto são passíveis de mensuração.
Não é objetivo deste ciclo a formalização de sistemas de medida, mas sim levar a criança a
comprender o procedimento de medir, explorando para isso tanto estratégias pessoais quanto ao
uso de alguns instrumentos, como balança, fita métrica e recipientes de uso freqüente. Também é
interessante que durante este ciclo se inicie uma aproximação do conceito de tempo e uma
exploração do significado de indicadores de temperatura, com os quais ela tem contato pelos
meios de comunicação. Isso pode ser feito a partir de um trabalho com relógios de ponteiros,
relógios digitais e termômetros.
Os assuntos referentes ao Tratamento da Informação serão trabalhados neste ciclo de modo
a estimularem os alunos a fazer perguntas, a estabelecer relações, a construir justificativas e a
desenvolver o espírito de investigação.
A finalidade não é a de que os alunos aprendam apenas a ler e a interpretar representações
gráficas, mas que se tornem capazes de descrever e interpretar sua realidade, usando conhecimentos matemáticos.
Neste ciclo é importante que o professor estimule os alunos a desenvolver atitudes de
organização, investigação, perseverança. Além disso, é fundamental que eles adquiram uma postura diante de sua produção que os leve a justificar e validar suas respostas e observem que situações de erro são comuns, e a partir delas também se pode aprender. Nesse contexto, é que o interesse, a cooperação e o respeito para com os colegas começa a se constituir.
O primeiro ciclo tem, portanto, como característica geral o trabalho com atividades que
aproximem o aluno das operações, dos números, das medidas, das formas e espaço e da organização de informações, pelo estabelecimento de vínculos com os conhecimentos com que ele chega à escola. Nesse trabalho, é fundamental que o aluno adquira confiança em sua própria capacidade para aprender Matemática e explore um bom repertório de problemas que lhe permitam avançar no processo de formação de conceitos.

Fonte:PCN de Matemática



                                                                                      

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública



SIMAVE
O Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública, - SIMAVE - é responsável pelo desenvolvimento de programas de avaliação integrados. O SIMAVE objetiva desenvolver programas de avaliação cujos resultados forneçam informações importantes para o planejamento de ações em todos os níveis do sistema de ensino. O SIMAVE aponta as prioridades educacionais tanto para professores, especialistas e diretores quanto para os gestores do sistema, sendo fundamental na definição de ações e para subsidiar políticas públicas para uma educação eficaz. Pela relevância de suas informações, o SIMAVE é um pilar do Projeto Estruturador do Governo de Minas Gerais.
Para conhecer, entender e atender o sistema público mineiro de Educação, a Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais criou o Sistema Mineiro de Avaliação da Educação Pública, o SIMAVE, em 2000. A partir de 2003, o SIMAVE foi aperfeiçoado e ampliado. Desde a instalação do sistema, avaliações anuais são realizadas em Minas Gerais, verificando o desempenho de alunos das redes Estadual e Municipal de ensino. Em 2008, por exemplo, a avaliação de Língua Portuguesa contou com a participação de 10.210 escolas e 662.066 alunos, e a de Matemática com 10.198 escolas e 647.313 alunos.
Com as avaliações do PROEB, do PAAE e do PROALFA, o SIMAVE possibilita à Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais - SEE/MG realizar diagnósticos educacionais para identificar necessidades, e demandas do sistema, das escolas, dos professores e dos alunos. Em posse dos dados do SIMAVE, a SEE/MG estrutura políticas e ações diretamente vinculadas aos resultados de aprendizagem, à qualificação docente, à valorização da escola pública e ao fortalecimento da qualidade da educação em Minas Gerais. 




 PROALFA
O Programa de Avaliação da Alfabetização - Proalfa, cuja primeira avaliação ocorreu em 2005, verifica os níveis de alfabetização alcançados pelos alunos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, da rede pública, sendo censitária no 3º ano. Os resultados dessa avaliação são usados para embasar as intervenções necessárias no processo de alfabetização/letramentos dos alunos.

PROALFA - Resultados/Escala
Escala
Uma escala é a expressão da medida de uma grandeza. É uma forma de apresentar resultados com base em uma espécie de régua construída com critérios próprios. Em sua viagem pelos caminhos da avaliação, a Escala de Proficiência é um mapa para orientá-lo com relação às competências que seus estudantes desenvolveram.
Em sala de aula você usa, muitas vezes, um intervalo de 0 a 10 que estabelece a nota do estudante em uma prova. Trabalhar com uma medida que expressa a quantidade de questões acertadas pode funcionar para avaliar os estudantes em sala de aula. Para obter essa nota, como já falamos, você pode utilizar vários instrumentos e o conjunto desses instrumentos é que poderá ser usado no julgamento do desempenho do estudante.
Entretanto, quando um sistema é avaliado, uma nota não fornece informações confiáveis. É necessário ter uma medida específica para isso. Essa medida é o que chamamos de Escala de Proficiência. Assim, enquanto a escola, na sua avaliação interna, trabalha com notas individuais, a avaliação externa trabalha com a média de desempenho do grupo avaliado.
Na Escala de Proficiência, os resultados da avaliação são apresentados em níveis, revelando o desempenho dos estudantes do nível mais baixo ao mais alto. A Escala de Proficiência em Matemática varia de 0 a 500 pontos, de modo a conter, em uma mesma "régua", a distribuição dos resultados do desempenho dos estudantes no período de escolaridade avaliado.
A Escala de Proficiência em Língua Portuguesa varia de 0 a 500 pontos, de modo a conter, em uma mesma "régua", a distribuição dos resultados do desempenho dos estudantes no período de escolaridade avaliado. A média de proficiência deve ser alocada, na régua da Escala de Proficiência, no ponto correspondente.
Isso permitirá que você realize um diagnóstico pedagógico bastante útil.

PROALFA - Coleção

http://www.simave.caedufjf.net/simave/a4j/g/3_3_3.Finalimages/spacer.gif.facesAno:http://www.simave.caedufjf.net/simave/a4j/g/3_3_3.Finalimages/spacer.gif.faces

Volume II - Boletim de Resultados
Volume III - Boletim de Resultados

Resultados
Os resultados das avaliações realizadas fornecem informações para que o desempenho dos estudantes possa ser verificado. Ao comparar os resultados atuais com os anteriores, pode-se perceber a evolução do desempenho dos estudantes. Além disso, através desses resultados, o governo pode definir metas, programas e ações para promover a melhoria da qualidade de ensino.
E a escola? Como os resultados podem ser úteis para ela? É simples: esses resultados oferecem informações importantes para analisar, em profundidade, a aprendizagem dos estudantes. Dessa forma, as práticas pedagógicas poderão ser realizadas a fim de garantir a melhoria da aprendizagem discente.
Aqui, você poderá navegar tanto pela Escala de Proficiência em Língua Portuguesa quanto pela Escala de Proficiência em Matemática. Poderá, ainda, projetar os resultados na escala, o que ajudará na compreensão dos resultados alcançados por sua escola.
Edição:
Rede:
Etapa:
SRE:
Municipio:
Escola:

                            

PROEB

O Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica - Proeb - tem por objetivo avaliar as escolas da rede pública, no que concerne às habilidades e competências desenvolvidas em Língua Portuguesa e Matemática. Não se trata, portanto de avaliar individualmente o aluno, o professor ou o especialista. O Proeb avalia alunos que se encontram no 5º ano e 9º ano do Ensino Fundamental e 3º ano do Ensino Médio.

PROEB - Matriz Curricular

Os Conteúdos Básicos Comuns - CBC, foram desenvolvidos pela SEE-MG com a participação de especialistas em ensino das diversas disciplinas. Esse conteúdo visa apoiar o professor no ensino dos tópicos e habilidades previstos nas Propostas Curriculares da Educação Básica, com uma visão operacional focada na aplicação dos mesmos em sala de aula. Neste grupo de conteúdo, destaca-se a produção de mais de 1400 Orientações Pedagógicas e Roteiro de Atividades, todos vinculados aos tópicos das Propostas Curriculares.
O CBC é amplo e espelha as diretrizes de ensino cujo desenvolvimento deve ser obrigatório para todos os alunos. A Matriz de Referência para a avaliação em larga escala é apenas uma amostra representativa do CBC. Não podendo, portanto, ser concebida como um conjunto de indicações de estratégias de ensino nas escolas. Esse papel é reservado às Matrizes Curriculares de Ensino Estaduais, aos parâmetros, currículos e diretrizes curriculares.
Essa é a diferença básica entre uma Matriz de Referência para Avaliação, que é utilizada como fonte para os testes de avaliação em larga escala, e o CBC, que é muito mais amplo e espelha as diretrizes de ensino. Em outras palavras, a Matriz de Referência para Avaliação, surge do CBC e contempla apenas aquelas habilidades consideradas fundamentais e possíveis de serem alocadas em testes de múltipla escolha.
CBC - Fundamental 6° ao 9° ano - Língua Portuguesa
CBC - Fundamental 6° ao 9° ano - Matemática
CBC - Médio 1° ao 3° ano - Língua Portuguesa
CBC - Médio 1° ao 3° ano - Matemática


Parte superior do formulário
PROEB - Resultados/Escala
Escala
Uma escala é a expressão da medida de uma grandeza. É uma forma de apresentar resultados com base em uma espécie de régua construída com critérios próprios. Em sua viagem pelos caminhos da avaliação, a Escala de Proficiência é um mapa para orientá-lo com relação às competências que seus estudantes desenvolveram.
Em sala de aula você usa, muitas vezes, um intervalo de 0 a 10 que estabelece a nota do estudante em uma prova. Trabalhar com uma medida que expressa a quantidade de questões acertadas pode funcionar para avaliar os estudantes em sala de aula. Para obter essa nota, como já falamos você pode utilizar vários instrumentos e o conjunto desses instrumentos é que poderá ser usado no julgamento do desempenho do estudante.
Entretanto, quando um sistema é avaliado, uma nota não fornece informações confiáveis. É necessário ter uma medida específica para isso. Essa medida é o que chamamos de Escala de Proficiência. Assim, enquanto a escola, na sua avaliação interna, trabalha com notas individuais, a avaliação externa trabalha com a média de desempenho do grupo avaliado.
Na Escala de Proficiência, os resultados da avaliação são apresentados em níveis, revelando o desempenho dos estudantes do nível mais baixo ao mais alto. A Escala de Proficiência em Matemática varia de 0 a 500 pontos, de modo a conter, em uma mesma "régua", a distribuição dos resultados do desempenho dos estudantes no período de escolaridade avaliado.
A Escala de Proficiência em Língua Portuguesa varia de 0 a 500 pontos, de modo a conter, em uma mesma "régua", a distribuição dos resultados do desempenho dos estudantes no período de escolaridade avaliado. A média de proficiência deve ser alocada, na régua da Escala de Proficiência, no ponto correspondente.
Isso permitirá que você realize um diagnóstico pedagógico bastante útil.

Resultados
Os resultados das avaliações realizadas fornecem informações para que o desempenho dos estudantes possa ser verificado. Ao comparar os resultados atuais com os anteriores, pode-se perceber a evolução do desempenho dos estudantes. Além disso, através desses resultados, o governo pode definir metas, programas e ações para promover a melhoria da qualidade de ensino.
E a escola? Como os resultados podem ser úteis para ela? É simples: esses resultados oferecem informações importantes para analisar, em profundidade, a aprendizagem dos estudantes. Dessa forma, as práticas pedagógicas poderão ser realizadas a fim de garantir a melhoria da aprendizagem discente.
Aqui, você poderá navegar tanto pela Escala de Proficiência de Língua Portuguesa quanto pela Escala de Proficiência de Matemática. Poderá, ainda, projetar os resultados na escala, o que ajudará na compreensão dos resultados alcançados por sua escola.
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Edição:
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Rede:
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Municipio:
Escola:

PROEB - Coleção
http://www.simave.caedufjf.net/simave/a4j/g/3_3_3.Finalimages/spacer.gif.facesAno:http://www.simave.caedufjf.net/simave/a4j/g/3_3_3.Finalimages/spacer.gif.faces
Volume I - Revista do Sistema de Avaliação
Volume II - Boletim de Resultados
Volume III - Boletim Pedagógico da Escola

PROEB - Guia de Elaboração de Itens

Sabemos que a avaliação é parte fundamental dos processos de ensino e de aprendizagem. Seus resultados oferecem subsídios capazes de direcionar a prática pedagógica, reestruturar projetos e definir políticas públicas voltadas para a igualdade de oportunidades educacionais e a qualidade do ensino ofertado. Sabemos, também, que a avaliação em larga escala apresenta características diferentes daquelas avaliações que se realizam com grupos reduzidos de estudantes, no cotidiano das escolas. Neste sentido, o Guia de Elaboração de Itens, disponível para download através dos links a seguir, tem o objetivo de oferecer informações e orientações acerca da avaliação em larga escala de natureza externa e acerca da elaboração de itens. A primeira seção deste Guia apresenta algumas considerações sobre o processo de avaliação externa e as etapas a serem percorridas nesse processo. Na segunda seção, você conhecerá os critérios a serem observados na elaboração de itens de avaliação em larga escala, as recomendações técnicas e pedagógicas a serem consideradas na elaboração de bons itens e, ainda, atividades práticas que contribuirão para que você elabore itens que atendam a tais recomendações. Os critérios para a revisão dos itens elaborados, assim como orientações sobre como proceder nessa revisão são apresentados na terceira seção do Guia. Finalmente, nos anexos, você encontrará uma síntese dos aspectos abordados na segunda e terceira seções do Guia, uma análise detalhada das Matrizes de Referência para avaliação em Língua Portuguesa do Saeb (4ª série/5º ano e 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental, 3º ano do Ensino Médio), além de sugestões de suportes para a elaboração de novos itens e informações sobre as planilhas para a elaboração de itens.
Guia de Elaboração de Itens - Matemática
Guia de Elaboração de Itens - Língua Portuguesa

Oficina de Resultados 2010

Língua Portuguesa - 9ºEF
Itens
Tópicos
Matemática - 9ºEF
Itens
Tópicos

Parte inferior do formulário
 Fonte: CRV/MG

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Consciência negra o ano todo

Consciência negra o ano todo

Novembro é o mês da consciência negra, mas relações raciais e o respeito à diversidade devem ser trabalhados o ano todo. Confira como tratar essas questões neste especial com mais de 35 textos. Boa leitura!


Recursos multimídia

Reportagens 

Planos de aula 

Artigos para refletir

Diversidade e relações raciais (3 reportagens | 2 planos)
História e cultura afrobrasileira (22 reportagens | 8 vídeos)
Fonte:revistaescola.abril.com.br

Mais sobre Consciência negra


Dicas

     A dor e o sofrimento históricos não impediram o povo negro de contar e cantar suas lutas, sonhos e esperanças. Na música, na dança, na arte, na jinga, nas cores vivas, na religiosidade, enfim, no modo de viver, expressa-se toda uma história que não foi contada. As dicas sugeridas querem contribuir para este debate e consciência.

Livros:
Razões da (des)igualdade - Teologia da Libertação e Educação Popular, de Lilian C. S. P. de Lira e Marcos Rodrigues da Silva. Os artigos e as experiências apresentadas neste livro são uma excelente contribuição para quem deseja fortalecer a educação anti-racista na igreja, na escola, em casa e na sociedade em geral. Editora: Cebi/Ceca/Ippoa.
Informações: www.cebi.org.br


Racismo no Brasil: percepções da discriminação e do preconceito racial no século XXI
Gevanilda Gomes Santos e Maria Palmira Silva (org.)

Traz uma síntese da pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo sobre discriminação racial e preconceito de cor no Brasil. A partir desses dados, diversos estudiosos analisam como a discriminação e o preconceito aparecem em questões como as relações de gênero, trabalho, lazer, religião, educação, justiça, violência, políticas afirmativas, saúde, identidade racial, racismo institucional e cultura política.
Editora Fundação Perseu Abramo - www.efpa.com.br

Sites:


Milton Santos - informações sobre o autor, suas obras e alguns dos seus textos. Site: www.miltonsantos.com.br

Fundação Palmares - disponibiliza uma variedade de notícias e materiais para estudo, debates e reflexões. Entre eles, as reportagens especiais e o Observatório Afro-Latino e Caribenho.
Site: www.palmares.gov.br


Koinonia - é uma entidade ecumênica de serviço, composta por pessoas de diferentes tradições religiosas e que presta serviços ao movimento social. Em seu site são encontrados diversos vídeos abordando a vida e as lutas das comunidades negras, rurais e quilombolas e o Observatório Quilombola, com notícias e reportagens sobre a vida destas comunidades.
Site: www.koinonia.org.br


Quilombos no Brasil - Associamos os quilombos a algo restrito ao passado, que teria desaparecido do país com o fim da escravidão. Mas a verdade é que as chamadas comunidades remanescentes de quilombos existem em praticamente todos os estados brasileiros. Foram mapeadas 3.524 dessas comunidades remanescentes. Para saber mais sobre quilombos urbanos e o processo atual de regularização fundiária de territórios negros no Brasil. Site: www.seppir.gov.br/copy_of_acoes

Educomunicação e produção cultural Afrobrasileira - Com a idéia de ajudar professores na implementação da Lei Federal 10.639/2003 e no debate sobre a educação para a diversidade, a página apresenta pesquisas e informações sobre os produtos culturais disponíveis na Internet, no cinema, rádio, televisão, jornal, na literatura e nas histórias em quadrinhos, desenhos animados e brinquedos, entre outros, elementos considerados influentes na construção da identidade das crianças.
Site: www.pucrs.br/faced/educomafro


Sou um cidadão negro brasileiro - é a consciência que quer despertar o projeto de valorização da cultura afro-brasileira: A Cor da Cultura, disponibilizando uma série de excelentes materiais. As biografias e vídeos Heróis de todo mundo mostram que aqui mesmo, no Brasil, existem heróis negros: Machado de Assis, Chiquinha Gonzaga, Aleijadinho, Milton Santos e muitos outros que a história ocultou. Gente que lutou e venceu obstáculos. Vale a pena conferir e divulgar.
Site: www.acordacultura.org.br


Onde você guarda o seu racismo? - Campanha de combate ao racismo, porque ele existe, faz mal para todo mundo e se manifesta de diferentes formas. Informe-se no site e ajude a divulgar.
Site: www.dialogoscontraoracismo.org.br


Juventude negra organizada - todas as informações sobre o processo de construção do I Encontro Nacional de Juventude Negra - ENJUNE – em 2007. Uma importante mobilização nacional de jovens negros e negras de vários estados do país. Fruto da ação histórica do movimento é contribuição impar na luta do povo negro.
Site: www.enjune.com.br

 

Filmes:


* Besouro - 2009 - filme brasileiro que conta a vida de Besouro Mangangá, capoeirista brasileiro da década de 1920, a quem eram atribuídos feitos heroicos e lendários. Num contexto em que capoeiristas sofriam repressões violentas por adorarem entidades e orixás, Besouro torna-se um herói. Ver: www.besouroofilme.com.br

*
O contador de histórias - 2009 - de Luiz Villaça, baseado na vida do educador Roberto Carlos Ramos, que morou na Febem e foi adotado por uma educadora francesa, nos anos 1970. Egresso da Febem, hoje é considerado um dos maiores contadores de histórias do mundo.
Mais informações: clique aqui
Trailer: O Contador de Histórias - Trailer

*
Os doze trabalhos - 2007 - Heracles é um jovem negro, que vive na periferia de São Paulo e que gosta de desenhar. Deixou a Febem e procura uma ocupação, passando a trabalhar como motoboy. Em seu período de experiência ele precisa realizar 12 tarefas pela cidade de São Paulo. Para realizá-las Heracles precisa lidar com o preconceito, a burocracia e sua própria falta de malícia no novo serviço. Direção de Ricardo Elias. Faixa: 16 anos.

*
Quanto vale ou é por quilo? - 2005 - o que mudou e o que se mantém no cenário da escravidão de ontem e de hoje? O que tem dificultado que as mudanças aconteçam ou por que e a quem elas não interessam são algumas das reflexões deixadas pelo filme.

*
Filhas do vento – 2005 - após ser expulsa de casa, Cida vai atrás de seu sonho no Rio de Janeiro, onde constrói uma carreira de atriz. Mesmo depois de ter seu trabalho reconhecido, ela enfrenta preconceitos que restringem o mercado de trabalho dos atores negros a papéis subalternos ou estereotipados.

*
Mestre Bimba, A Capoeira Iluminada – 2007 - documentário sobre Mestre Bimba, educador e mestre da Capoeira, trata da história deste brasileiro, filho de pais africanos, e da importância da Capoeira como arte, cultura e educação. Ver: www.mestrebimbaofilme.com.br

*
Antônia – 2006 - na periferia de São Paulo, quatro amigas enfrentam um cotidiano de violência, pobreza e machismo para realizar o sonho de viver do rap. Talentosas e batalhadoras, elas lutam contra o preconceito em meio à cultura hip-hop e tentam sobreviver fazendo aquilo que mais gostam: cantar. Ver: www.antonia-ofilme.com.br

Música e áudio:


CD - Negros Africanos - Na voz de Sandra de Sá, Emílio Santiago, Milton Nascimento, Leci Brandão, um grito de protesto e de esperança da raça negra. Informações: www.verbofilmes.org.br
Musicais:
- Canto do mundo - www.youtube.com/watch?v=KvCA8g29qzQl
- Música Raça – Milton Nascimento http://www.youtube.com/watch?v=hyRUz1q3YMo&NR=1
- Religiões de Matriz Africana - Depoimentos sobre Religiões de matriz africana em áudio – INESC. racismo.inesc.org.br/racismo/multimidia.php?tipo=audios&id=3#videos

Vídeos:


Vídeos sobre quilombolas:
Ver: www.koinonia.org.br/visoes_quilombolas/
Vídeos sobre saberes tradicionais:
Ver: www.koinonia.org.br/videos/saberestradicionais.html
Vídeos sobre racismo:
Ver:
racismo.inesc.org.br/racismo/multimidia.php?tipo=audio&id=3


Fonte: mundojovem.com.br

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Consciência negra

 

Consciência negra: valorizar a identidade

 Aprenda a valorizar a cultura negra em casa e na escola

Dia da Consciência Negra

O que é o Dia da Consciência Negra? Celebrado no dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra  Zumbi dos Palmares, ele é dedicado à reflexão sobre presença do negro na sociedade brasileira. O Dia da Consciência Negra sinaliza a ideia do marco, marca o valor da conquista da liberdade deste grupo,

O dia da Consciência Negra também põe em pauta a importância de discutir a temática negra na escola. A inclusão de assuntos ligados à África e ao povo negro na educação formal é uma das estratégias para reconhecer a presença desse grupo na história do Brasil - os negros correspondem a 6,8% da população brasileira segundo o IBGE, mas os chamados "pardos" chegam a um número próximo da metade da população brasileira. Não à toa, escolas e instituições diversas já reconhecem a importância de trabalhar a cultura negra em seu dia a dia.

Hoje, a lei brasileira obriga as escolas a ensinarem temas relativos à história dos povos africanos em seu currículo. Além disso, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) estabelecem que a diversidade cultural do país deve ser trabalhada no âmbito escolar. "A sociedade em que vivemos valoriza outro estereótipo, o que resulta na invisibilização do negro. Isso tem um efeito bastante perverso: as crianças negras nunca se vêm e o que elas olham é sempre diferente delas", explica Roseli, que coordenou o grupo responsável pelo documento sobre Pluralidade Cultural nos PCNs. "A pluralidade cultural é um tema que pode ser abordado de forma transversal, em várias disciplinas", conclui. Estratégias simples, como a introdução de bonecas negras, podem ter um efeito positivo para reforçar a identificação cultural dos alunos negros. "Revelar a África pela própria visão africana também surte efeito. O continente produz cultura, histórias e mitologia, o que a perspectiva eurocêntrica não nos deixa ver", diz Oswaldo de Oliveira Santos Junior, pesquisador do Núcleo de Educação em Direitos Humanos da Universidade Metodista de São Paulo.

Veja a seguir como pais e professores podem fazer sua parte na valorização da Consciência Negra.

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Um exemplo de trabalho de valorização
O projeto "Um Pouco de Nós, Um Pouco da África", desenvolvido há cinco anos na Escola Estadual Bibliotecária Maria Luisa Monteiro da Cunha, de São Paulo, por exemplo, estimula os alunos do ensino fundamental I a refletirem sobre suas origens, abordando questões que vão muito além da escravidão. A iniciativa valoriza a oralidade e a arte africana a partir do resgate da cultura do continente e da discussão de sua contribuição para a formação da identidade cultural brasileira. Durante o trabalho, os professores familiarizaram os alunos com a literatura africana e incentivaram a leitura e a escrita. "As crianças confeccionaram bonecas negras, o que foi um tiro certeiro. A partir delas, eles criaram histórias e, ao levar as bonecas para casa, envolveram as famílias no trabalho", conta Lurdes Ribeiro, coordenadora da escola, que tem aproximadamente 50% de alunos negros e pardos. Após cinco anos, o resultado é, segundo Lurdes, uma valorização dos negros enquanto cultura e etnia. "Alunos que não se assumiam negros passaram a se assumir. E quem não é negro passou a valorizar essa cultura da qual fomos privados por tanto tempo". O projeto finalista do 4º Prêmio Educar para a Igualdade Racial, organizado pelo Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert).
Consciência negra no espaço
Além de inserir a questão da igualdade racial no currículo e nos temas debatidos em sala de aula, transformar o espaço da escola é uma boa maneira de construir uma identidade que inclua os negros. No Colégio Vértice, em São Paulo, o Projeto África mudou a cara da escola no sábado, 7 de novembro. Depois de um ano inteiro trabalhando com o tema África, os alunos organizaram um Safári Cultural, uma exposição interdisciplinar aberta ao público com enfoque em aspectos distintos da cultura brasileira e da cultura afro-brasileira. "Os alunos estudaram temas relativos ao passado e ao presente da África e expuseram os trabalhos do ano inteiro", conta Adilson Garcia, diretor da escola. Apresentações de música e dança e palestras também fizeram parte do Sáfari. "Quando se fala em África, vem todo um preconceito, um desconhecimento. Por isso, é preciso mostrar visualmente a diversidade cultural do continente", completa Garcia.
Consciência negra nos materiais didáticos
A oferta de materiais didáticos que contemplem o negro já foi bem pequena, mas tem crescido nos últimos anos. "Ainda é preciso usar muito material alternativo, mas a oferta tem crescido gradativamente, principalmente entre as grandes editoras", afirma Antonio Carlos Billy Malachias, coordenador do Programa de Educação e Políticas Públicas do Ceert. Finalista da 4ª edição do Prêmio Educar para a Igualdade Racial, a professora Ellen de Lima Souza, da Escola Orbe, de Marília (SP), utilizou o livro O Menino Marrom, de Ziraldo, para tratar o tema da igualdade racial nas turmas de Educação Infantil. Os alunos reconstruíram a personagem confeccionando um boneco em sala de aula e criaram finais diferentes para a história de Ziraldo. Como resultado, a temática das relações étnico-raciais passou a ser mais valorizada na escola como um todo. Assim como livros, também há jogos e brincadeiras que podem ser usados para ampliar os conhecimentos dos alunos sobre a cultura africana. Um dele é o yoté, um jogo de estratégia muito popular na região oeste da África que desenvolve o raciocínio e a capacidade de observação.
Consciência negra no conteúdo
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)) estabelecem que a diversidade cultural do país deve ser trabalhada na escola. Além disso, a lei brasileira obriga as escolas a ensinarem temas relativos à história dos povos africanos. "A pluralidade cultural é um tema que pode ser abordado de forma transversal, em várias disciplinas", explica Roseli Fischmann, que coordenou o grupo responsável pelo documento sobre este tema nos PCNs. Há muitas possibilidades para enriquecer o aprendizado por meio da inserção da cultura negra africana. "Uma das estratégias no ensino fundamental e médio é revelar a África pela própria visão africana", diz Oswaldo de Oliveira Santos Junior, pesquisador do Núcleo de Direitos Humanos em Educação da Universidade Metodista de São Paulo. "Nesse sentido, trabalhar mitos de fundação africanos surte muito efeito, pois isso mostra que a África tem uma histórica contada por ela mesma", completa. Além dos mitos, é possível explorar aspectos históricos, como a contribuição dos negros na alimentação do Brasil e sua influência nas palavras da nossa língua. Revelando aos alunos a riqueza da cultura africana para além dos estereótipos é possível combater preconceitos dos alunos brancos e reforçar a auto-estima dos estudantes negros. Apesar da obrigatoriedade e da multiplicidade de enfoques, a visão europeia ainda predomina em muitas das escolas brasileiras. Prova disso é a quase inexistência de bonecas negras na Educação infantil ou quantidade limitada de livros infantis e infanto-juvenis que trazem negros como protagonistas. "Isso tem um efeito bastante perverso: as crianças negras nunca se vêm e o que elas olham é sempre diferente delas", explica Roseli. Ainda que a lei obrigue a escola a valorizar temáticas de origem africana, ela é solenemente ignorada na escola, acredita Oswaldo, da Metodista. "Toda história sobre a África é feita com representações eurocêntricas, a partir de um viés europeu. Isso favorece preconceitos e a invisibilidade dos povos africanos", explica.
Consciência negra no dia 20 de novembro
O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. Trata-se de um feriado facultativo, mas mais de 400 cidades brasileiras já aderiram, segundo a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial - SEPPIR, do governo federal. A escola pode fazer sua parte, assinalando que se trata de mais que um mero feriado e sim de uma conquista importante para uma parte representativa da população brasileira - os negros correspondem a 6,8% da população brasileira segundo o IBGE. Os chamados "pardos", no entanto, chegam a um número próximo da metade da população. "O dia 20 sinaliza a ideia do marco, marca o valor da conquista da liberdade deste grupo", explica Roseli Fischmann. A lembrança de temáticas relacionadas à cultura negra deve estar presente no decorrer de todo o ano letivo, como preveem os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e a legislação brasileira. "Não podemos limitar a história da África a um dia ou uma parte do ano. Vejo o Dia da Consciência Negra como ápice do trabalho feito o ano todo", diz Oswaldo de Oliveira Santos Junior, pesquisador do Núcleo de Direitos Humanos e Educação da Universidade Metodista de São Paulo. Para ele, comemorar a data na escola com festa e com música, depois de um período de preparação, pode ser uma boa iniciativa para criar espaços de igualdade entre os alunos e reforçar a importância da efeméride. "Comemorar é trazer à memória, celebrar a memória de forma comunitária", acrescenta.
Consciência negra na lei
Em 2003, a lei nº 10.639/03, tornou obrigatório o ensino da História e da Cultura Afro-Brasileira em todas as escolas de ensino fundamental e médio do país. A imposição se aplica a instituições públicas e privadas. A partir da sanção dessa lei, as escolas brasileiras passaram a ter que implementar o ensino da cultura africana, da luta do povo negro no país e de toda a história afro-brasileira nas áreas social, econômica e política. O conteúdo deve ser ministrado transversalmente, em todo o currículo escolar, com ênfase nas áreas de História Brasileira, Educação Artística e Literatura. "Essa lei é uma reivindicação muito antiga e altera a Lei de Diretrizes e Bases", afirma Roseli Fischmann, coordenadora do grupo responsável pelo documento sobre Pluralidade Cultural dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), professora da USP e da Universidade Metodista de São Paulo. "A legislação faz justiça à contribuição que esse grupo esquecido, mas importante, deu ao país", explica ela, que também é expert da Unesco para a Coalizão Internacional de Cidades contra o Racismo e a Discriminação. Segundo Roseli, a lei é um passo importante para o reconhecimento presença histórica dos negros no Brasil e no combate ao racismo. "Uma das formas de discriminar um grupo é silenciá-lo, tornando-o invisível. Isso aumenta o desconhecimento e estimula o preconceito e ignorância".
Consciência negra na literatura infanto-juvenil
 
Texto:Bruna Nicolielo, Marina Azaredo e Mayra Raizi

Sugestões de Atividades

 Educação das Relações Étnico- Raciais
Esta apostila foi organizada pela equipe da Diretoria de Temáticas Especiais e apresenta uma série de sugestões de atividades, de indicação de filmes, vídeos e bibliografias que procuram se adequar aos níveis e modalidades de ensino aqui tratados em sua relação com a História e Cultura africanas e afro-brasileiras e com a temática étnico-racial. 



Vídeos para consciência negra


Biblioteca Virtual

  No portal do CRV da SEE/MG novos módulos didáticos sobre Cultura Africana:

História e prática da Lei 10.639/03
Introdução à História e Cultura Africana - parte 01
Introdução à História e Cultura Africana - parte 02
Os tempos e os espaços no estudo da História Africana
A capoeira como patrimônio imaterial - parte 01
A capoeira como patrimônio imaterial - parte 02
Biografias e positivação de memórias afro-brasileiras na escola – parte 1
Biografias e positivação de memórias afro-brasileiras na escola – parte 2

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- Dia da Consciência Negra

 20 de novembro - Eis um ótimo momento para o professor discutir o assunto com os alunos e com outros educadores